"A Fé é um salto do escuro para os braços de Deus. Quem não salta, não vê a Deus, não é abraçado, fica apenas no escuro." (Desconhecido)

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Campanha da Fraternidade 2010


Campanha da Fraternidade 2010, “Fraternidade e Economia” será lançada dia 10.


Aos pés do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, o material da Campanha da Fraternidade 2010, “Fraternidade e Economia”, será lançado no próximo dia 10, às 15h. O lema da CF será: “Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro” (Mt 6,24), escolhido no ano passado.
O evento contará com a participação de várias autoridades eclesiásticas e políticas, entre elas o secretário geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Dimas Lara Barbosa, o presidente do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (Conic), pastor sinodal Carlos Augusto Möller, a senadora Marina Silva, o economista e secretário de Economia Solidária do Ministério do Trabalho, professor Paul Singer, entre outros.
Sob a responsabilidade do Conic, a Campanha da Fraternidade 2010 será ecumênica e estará aberta à participação de todas as denominações cristãs. Esta é a terceira Campanha da Fraternidade Ecumênica. As outras foram realizadas em 2000 e em 2005.
O presidente do Conic fará a abertura do ato. Logo em seguida, terá início a apresentação do material da Campanha pelo diretor executivo das Edições CNBB, padre Valdeir dos Santos Goulart e pelo secretário geral do Conic, Reverendo Luiz Alberto Barbosa. A senadora Marina Silva e o professor Paul Singer.

“O objetivo da Campanha da Fraternidade 2010 é unir as Igrejas Cristãs e, principalmente a nossa sociedade, que é formada por pessoas de boa vontade, na promoção de uma economia a serviço da vida, sem exclusões, criando uma cultura de solidariedade e trazendo paz”, disse o reverendo Luiz Alberto. Segundo o secretário do Conic, o tema da CF 2010 foi escolhido a partir de sugestões das Igrejas-membro do Conic. “Na Bíblia, os pobres e todos os necessitados estão no centro da justiça que Deus exige das relações humanas e econômicas”, afirma o secretário.

“A nossa participação na cerimônia de lançamento do material será apresentar o cartaz e o folder de 2010 e explicar um pouco o processo de criação e desenvolvimento do mesmo”, explicou o diretor executivo das Edições CNBB.
A ex-diretora do Conic, Elinete Miller, fará a apresentação do cartaz da CF e o Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, motivará os participantes a rezarem juntos o Pai Nosso Ecumênico.

HINO DA CAMPANHA DA FRATERNIDADE

VÍDEO DA CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2010 - I

VÍDEO DA CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2010 - II

VÍDEO DA CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2010 - III

Oração da Campanha da Fraternidade:

Ó Deus criador, do qual tudo nos vem, nós te louvamos pela beleza e perfeição de tudo que existe como dádiva gratuita para a vida.

Nesta Campanha da Fraternidade Ecumênica, acolhemos a graça da unidade e da conivência fraterna, aprendendo a ser fiéis ao Evangelho. Ilumina, ó Deus, nossas mentes para compreender que a boa nova que vem de ti é amor, compromisso e partilha entre todos nós, teus filhos e filhas.

Reconhecemos nossos pecados de omissão diante das injustiças que causam exclusão social e miséria. Pedimos por todas as pessoas que trabalham na promoção do bem comum e na condução de uma economia a serviço da vida.

Guiados pelo teu Espírito, queremos viver o serviço e a comunhão, promovendo uma economia fraterna e solidária, para que a nossa sociedade acolha a vinda do teu reino.

Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Observatório do Vaticano


O Observatório do Vaticano (também conhecido como Specola Vaticana) é um instituto de pesquisa astronômico que depende diretamente da Santa Sé. É um dos institutos mais antigos do mundo. Foi fundado pelo Papa Gregório XIII, em 1572, por recomendação do Concílio de Trento, que também recomendara uma nova reforma no calendário. Sua localização inicial era a Torre dos Ventos, no Palácio do Vaticano. Foi a partir das observações dos astrônomos Chistovam Clauvius e Aloisius Lillios que foram verificados erros no calendário juliano e pavimentado o caminho para o calendário gregoriano. Inicialmente matemáticos e astrônomos jesuítas trabalhavam no instituto e posteriormente, integrantes de outras ordens religiosas, como os barnabitas, os agostinianos e oratorianos. Atualmente a responsabilidade do observatório compete à Companhia de Jesus.

Durante muito tempo o Observatório foi obscurecido pelos Observatório do Colégio Romano e o Observatório do Capitólio, ambos localizados em Roma e sob a responsabilidade do Papa.

Em 1889, o Papa Leão XIII refundou o observatório, e o colocou nos jardins atrás da Basílica de São Pedro.

Em 1939 o Papa Pio XI decidiu transladá-lo para Castel Gandolfo, a residência de verão do Papa, onde pode abrigar instrumentos mais modernos e ser criado um departamento de astrofísica para estudo da estrutura e evolução da Via Láctea.

Em 2009 decidiu-se transladar o observatório para a cidade vizinha de Albano, por causa do crescente número de visitantes, que afetam o local de repouso do Papa. Entretanto, serão mantidos pontos de observação em Castel Gandolfo.

O Observatório abriga uma biblioteca com 22 mil títulos, entre eles livros antigos e raros, como obras de Galileu Galilei, Nicolau Copérnico, Isaac Newton, Johannes Kepler e outros cientistas famosos. Possui também uma relevante coleção de meteoritos.

Um segundo grupo de pesquisa, o Grupo de Pesquisa do Observatório do Vaticano, foi fundado em 1981 em Tucson, em colaboração com a Universidade do Arizona. Em 1993, foi concluída a construção do "Telescópio de Tecnologia Avançada do Vaticano", no Monte Graham, no deserto do Arizona, considerado um dos melhores locais de visibilidade astronômica. As principais atividades do Observatório são realizadas por este grupo.

As linhas de pesquisa científica incluem fotometria e espectroscopia sobre aglomerados estelares; estudo da distribuição espacial das estrelas de diferentes tipos espectrais; órbitas de estrelas duplas; produção de atlas de espectro de interesse astrofísico, entre outras.

Ligações Externas

Página do Observatório do Vaticano

Observatório do Vaticano

Zenit, edição de 16 de junho de 2009.

O Vaticano e a Astronomia através dos tempos. Paraná On-line, acessado em 16 de junho de 2009.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Zilda Arns Neumann

Zilda Arns Neumann (Forquilhinha, 25 de agosto de 1934 — Porto Príncipe, 12 de janeiro de 2010) foi uma médica pediatra e sanitarista brasileira.

Irmã de Dom Paulo Evaristo Arns, foi também fundadora e coordenadora internacional da Pastoral da Criança[1] e da Pastoral da Pessoa Idosa, organismos de ação social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Recebeu diversas menções especiais e títulos de cidadã honorária no país. Da mesma forma, à Pastoral da Criança foram concedidos diversos prêmios pelo trabalho que vem sendo desenvolvido desde a sua fundação.

Vida e obra


O casal de imigrantes alemães Gabriel Arns e Helena Steiner teve 16 filhos. Zilda, a 13ª criança, nasceu no interior de Santa Catarina. Em 26 de dezembro de 1959, casou-se com Aloísio Bruno Neumann (1931-1978), com quem teve seis filhos: Marcelo (morto três dias após o parto), Rubens, Nelson, Heloísa, Rogério e Sílvia (que morreu em 2003 num acidente automobilístico). Zilda Arns era avó de nove netos.
Formada em medicina, aprofundou-se em saúde pública, pediatria e sanitarismo, visando a salvar crianças pobres da mortalidade infantil, da desnutrição e da violência em seu contexto familiar e comunitário. Compreendendo que a educação revelou-se a melhor forma de combater a maior parte das doenças de fácil prevenção e a marginalidade das crianças, para otimizar a sua ação, desenvolveu uma metodologia própria de multiplicação do conhecimento e da solidariedade entre as famílias mais pobres, baseando-se no milagre bíblico da multiplicação dos dois peixes e cinco pães que saciaram cinco mil pessoas, como narra o Evangelho de São João (Jo 6:1-15).
A sua prática diária como médica pediatra do Hospital de Crianças César Pernetta, em Curitiba, e, mais tarde, como diretora de Saúde Materno-Infantil da Secretaria de Saúde do Estado do Paraná, teve como suporte teórico as seguintes especializações:

Educação em Saúde Materno-Infantil, na Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP);
Saúde Pública para Graduados em Medicina, na Faculdade de Saúde Pública (USP)
Administração de Programas de Saúde Materno-Infantil, pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) /Organização Mundial da Saúde (OMS), e Ministério da Saúde
Pediatria Social, na Universidade de Antioquia, em Medellín, Colômbia
Pediatria, na Sociedade Brasileira de Pediatria
Educação Física, na Universidade Federal do Paraná
Sua experiência fez com que, em 1980, fosse convidada a coordenar a campanha de vacinação Sabin, para combater a primeira epidemia de poliomielite, que começou em União da Vitória, no Paraná, criando um método próprio, depois adotado pelo Ministério da Saúde.

Em 1983, a pedido da CNBB, criou a Pastoral da Criança juntamente com o presidente da CNBB, dom Geraldo Majella, Cardeal Agnelo, Arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil , que, à época, era Arcebispo de Londrina. No mesmo ano, deu início à experiência a partir de um projeto-piloto em Florestópolis, Paraná. Após vinte e cinco anos, a pastoral acompanhou 1 816 261 crianças menores de seis anos e 1 407 743 de famílias pobres em 4060 municípios brasileiros. Neste período, mais de 261 962 voluntários levaram solidariedade e conhecimento sobre saúde, nutrição, educação e cidadania para as comunidades mais pobres, criando condições para que elas se tornem protagonistas de sua própria transformação social.
Para multiplicar o saber e a solidariedade, foram criados três instrumentos, utilizados a cada mês:

Visita domiciliar às famílias

Dia do Peso, também chamado de Dia da Celebração da Vida
Reunião Mensal para Avaliação e Reflexão
Em 2004, recebeu da CNBB outra missão semelhante: fundar e coordenar a Pastoral da Pessoa Idosa. Atualmente mais de cem mil idosos são acompanhados mensalmente por doze mil voluntários de 579 municípios de 141 dioceses de 25 estados brasileiros.
Dividia seu tempo entre os compromissos como coordenadora nacional da Pastoral da Pessoa Idosa e coordenadora internacional da Pastoral da Criança e a participação como representante titular da CNBB no Conselho Nacional de Saúde, e como membro do Conselho Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES).
Zilda Arns encontrava-se no Haiti em missão humanitária e preparava-se para uma palestra sobre a Pastoral da Criança, na Conferência dos Religiosos do Caribe. Foi uma das vítimas do forte terremoto que atingiu o país, em 12 de janeiro de 2010.

Viúva desde 1978, Zilda Arns deixou quatro filhos e nove netos.

Prêmios e honrarias

Prêmios internacionais

Entre os prêmios internacionais recebidos por Zilda Arns, merecem destaque:

Opus Prize (EUA), em 2006;

Prêmio "Heroína da Saúde Pública das Américas", concedido pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), em 2002;

Prêmio Social 2005 da Câmara de Comércio Brasil-Espanha;

Medalha "Simón Bolívar", da Câmara Internacional de Pesquisa e Integração Social, em 2000;

Prêmio Humanitário 1997 do Lions Club International;

Prêmio Internacional da OPAS em Administração Sanitária, 1994.

Prêmio Rei Juan Carlos (Prêmio de Direitos Humanos Rei da Espanha) pela Universidade de Alcalá. Recebeu o prêmio em 24 de janeiro de 2005, das mãos do rei.

Prêmios nacionais

Entre os prêmios nacionais, destacam-se:

Diploma Mulher Cidadã Bertha Lutz, do Senado Federal, em 2005;

Diploma e medalha O Pacificador da ONU Sérgio Vieira de Mello, concedido pelo Parlamento Mundial de Segurança e Paz, em 2005;

Troféu de Destaque Nacional Social, principal prêmio do evento As mulheres mais influentes do Brasil, promovido pela Revista Forbes do Brasil com o apoio da Gazeta Mercantil e do Jornal do Brasil, em 2004;

Medalha de Mérito em Administração, do Conselho Federal de Administração, em Florianópolis, Santa Catarina, 2004;

Medalha da Inconfidência, do Governo do Estado de Minas Gerais, em 2003;

Título Acadêmico Honorário, da Academia Paranaense de Medicina, em Curitiba, Paraná, 2003;

Medalha da Abolição, concedida pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, em 2002;

Insígnia da Ordem do Mérito Médico, na classe Comendador, concedida pelo Ministério da Saúde, em 2002;

Medalha Mérito Legislativo Câmara dos Deputados, em 2002;

Comenda da Ordem do Mérito Judiciário do Trabalho, grau Comendador, concedida pelo Tribunal Superior do Trabalho, em 2002;

Medalha Anita Garibaldi, concedida pelo governo do Estado de Santa Catarina, em 2001;

Comenda da Ordem do Rio Branco, grau Comendador, concedida pela Presidência da República, 2001;

Prêmio de Honra ao Mérito da Assembléia Legislativa de Santa Catarina, 2001;

Medalha de Mérito Antonieta de Barros, concedida pela Assembléia Legislativa de Florianópolis;

Prêmio de Direitos Humanos 2000 da Associação das Nações Unidas – Brasil, em 2000;

Prêmio USP de Direitos Humanos 2000 – Categoria Individual.

Em 2001, 2002, 2003 e 2005 a Pastoral da Criança foi indicada pelo Governo Brasileiro ao Prêmio Nobel da Paz. Em 2006, a Dra. Zilda foi indicada ao Prêmio Nobel da Paz, junto com outras 999 mulheres de todo o mundo selecionadas pelo Projeto 1000 Mulheres, da associação suíça 1000 Mulheres para o Prêmio Nobel da Paz. Também é cidadã honorária de dez estados brasileiros (RJ, PB, AL, MT, RN, PR, PA, MS, ES, TO) e de trinta e dois municípios e doutora Honoris Causa das seguintes universidades:

Pontifícia Universidade Católica do Paraná

Universidade Federal do Paraná

Universidade do Extremo-Sul Catarinense de Criciúma

Universidade Federal de Santa Catarina

Universidade do Sul de Santa Catarina

Referências

↑ Pastoral da Criança, 13 de janeiro de 2010. Nota de falecimento da Dra, Zilda Arns

↑ Helena Steiner ¥ Gabriel Arns

↑ Fundadora da Pastoral da Criança estava no Haiti durante tremor - Folha Online

↑ Christian Science Monitor, 13 de janeiro de 2010. Legendary Brazilian aid worker among the victims of Haiti earthquake, por Andrew Downie.

↑ UN dispatch, 13 de janeiro de 2010 Haiti Earthquake, the Day After, por Mark Leon Goldberg.]

↑ La reputada misionera brasileña Zilda Arns muere en el terremoto de Haití. ABC.es, 13-01-2010.

↑ Un terremoto devasta Haiti. Premier: «Più di 100mila morti». Corriere della Sera, 13 de janeiro de 2010.

↑ Trabalho humanitário de Zilda Arns era reconhecido internacionalmente por Amanda Cieglinski. Agência Brasil, 13 de Janeiro de 2010.

↑ Ganhadores do Opus Prize.

↑ La tragedia de Haití se cobra la vida de la doctora Zilda Arns Neumann, premiada por la Universidad de Alcalá. Diario de Alcalá.es, 14 de janeiro de 2010

↑ Com morte de Zilda Arns, Brasil perde "benfeitora" e "heroína", diz imprensa internacional. Folha Online, 14 de janeiro de 2010.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

São Pedro de Alcântara


"Aqueles que são de Cristo crucificaram a própria carne com os seus vícios e concupiscências" (Gal 5,24)


Esta Palavra do Senhor se aplica muito bem a São Pedro de Alcântara, o qual lembramos hoje, pois soube vencer o corpo do pecado através de muita oração e mortificações. Pedro nasceu em Alcântara, na Espanha, em 1499.
Menino simples, orante e de bom comportamento, estudou na universidade ainda novo, mas soube, igualmente, destacar-se no cultivo das virtudes cristãs, até que, obediente ao Mestre, o casto e caridoso jovem entrou para a Ordem de São Francisco, embora seu pai quisesse para ele o Direito. Pedro foi ordenado sacerdote e tornou-se modelo de perfeição monástica e ocupante de altos cargos, o qual administrou até chegar, com vinte anos, a superior do convento e, mais tarde, eleito provincial da Ordem.
Franciscano de espírito e convicção, era sempre de oração e jejum, poucas horas de sono, hábito surrado, grande pregador e companheiro das viagens. Como provincial, visitou todos os conventos da sua jurisdição, promovendo uma reforma de acordo com a regra primeira de São Francisco, da qual era testemunho vivo. Conhecido, sem desejar, em toda a Europa, foi conselheiro do imperador Carlos V e do rei João III, além de amigo dos santos e diretor espiritual de Santa Teresa de Ávila; esta, sobre ele, atestou depois da morte do santo: "Pedro viveu e morreu como um santo e, por sua intercessão, conseguiu muitas graças de Deus".
Considerado um dos grandes místicos espanhóis do séc. XVI e dos que levaram a austeridade até um grau sobre-humano, entrou no Céu com 63 anos, em 1562, após sofrer muito e receber os últimos Sinais do Amor (Sacramentos), que o preparou para um lindo encontro com Cristo.

São Pedro de Alcântara, rogai por nós!

Santa Clara de Assis


Fundadora da Ordem das Clarissas
Comemoração: 11 de agosto


Clara nasceu em Assis, em 1193, da nobre família dos Offreducci. Teve duas irmãs, Catarina e Beatriz, e um irmão, Bosone. Sua mãe Ortolana, era cristã fervorosa, não é pois de se estranhar a profunda piedade de Clara, desde menina.
Nos domingos de 1211, Francisco pregou na Igreja de São Jorge e Clara foi ouvi-lo. Cada palavra penetrava em sua alma e incendiava seu coração. Chegava o domingo de Ramos, escolhido por Francisco para a doação de Clara a Deus. Pe. Francisco lhe ordena que, no dia da festa, adornada e elegante, vá pegar a palma em meio à multidão e, na noite seguinte, converta a alegria mundana no pranto da paixão do Senhor.
Clara entrou na igreja e, ajoelhada diante do altar da Virgem Maria, consagrou-se a Deus, pelas mãos de Francisco, e em sinal de consagração, teve seus cabelos cortados. Tão logo foi informado do acontecido, seu pai reuniu os homens da casa, enviando-os ao convento, para trazer Clara de volta. Clara porém, não renunciou a sua decisão e, tirando o véu da cabeça, mostrou-lhes o cabelo para provar que não era mais Clara de Offreducci, mas Irmã Clara.
Ela ficou no convento beneditino onde foi acompanhada de sua irmã Catarina, que logo após passou-se a chamar Inês. Em 1215, Clara tornou-se superiora da comunidade, o Papa Inocêncio III deu a eles a regra da pobreza absoluta, e então Clara fundou a ordem das Clarissas Pobres.
Clara permaneceu por toda a vida fiel e coerente com a Regra que ela havia ditado. Não conhecia limites à caridade, ao serviço junto às irmãs, aceitando com alegria mesmo incumbência mais humildes. Considerava honra lavar os pés das externas, quando voltavam ao convento. Penitência e mortificação impõe a si mesma em medida tão dura que suscitava preocupação e advertências da parte de Francisco. A moderação recomenda às outras, não a si mesma.
Clara morreu, a 11 de agosto de 1253. O Pontífice, qua se achava em Assis, propôs celebrar o ofício das virgens e não o dos mortos, como demonstração de que considerava Clara já santa. A igreja converteu-se logo em santuário, meta de numerosíssimos fiéis, mesmo porque Clara começou logo a fazer milagres. O culto, assim, cresceu espontâneamente, enquanto se difundia a fama de curas prodigiosas. O início imediato do processo de canonização baseava-se em vasta e crescente devoção popular. Dois anos após sua morte (1255) Clara é declarada Santa.

São Barnabé

São Barnabé segundo fontes antigas nos referem que Barnabé, chamado apóstolo pelos próprios Atos, embora não pertencesse aos Doze, teria sido um dos setenta discípulos de que fala o Evangelho. Como São Paulo Apóstolo, foi discípulo de Gamaliel: "José a quem os apóstolos haviam dado o cognome de Barnabé, que quer dizer "filho da consolação ", era um levita originário de Chipre. Sendo proprietário de um campo, vendeu-0 e trouxe o dinheiro, depositando-o aos pés dos apóstolos" (atos dos Apóstolos 4.36-37).
Foi a figura de primeira grandeza na fervorosa comunidade cristã, que floreceu em Jerusalém após o dia de Pentecostes. Barnabé era muito considerado entre os Apóstolos, que op escolheram para a evangelização de Antioquia. É o homem das felizes intuições.Em Antioquia percebeu que aquele era o terreno preparado para receber a palavra de Deus. Foi a Jerusalém relatar isso e pedir para levar consigo o recém-convertido Saulo. Começou assim a extraordinária dupla.
Saulo que desde então preferia ser chamado com o nome romano de Paulo e Barnabé, contentes por terem aberto o caminho para o anúncio do Evangelho entre os pagãos, partiram para outras incumbências. Começaram por Chipre, pátria de Barnabé, que havia levado consigo o jovem primo João Marcos, o futuro evangelista. Depois continuaram seguindo a mais arriscada viagem missionária, Paulo achou melhor separar-se de Barnabé, que ficou em Chipre. Paulo e Barnabé, duas personalidades diferentes, que se completavam reciprocamente.
Não temos notícias dele depois da separação de Paulo. Escritos apócrifos falam de uma viagem sua a Roma e do seu martírio acontecido mais ou menos no ano 70, em Salamina, pelas mãos dos judeus da diáspora, que o teriam apedrejado.