"A Fé é um salto do escuro para os braços de Deus. Quem não salta, não vê a Deus, não é abraçado, fica apenas no escuro." (Desconhecido)

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Chaves Petrinas

    
As chaves petrinas representam a plena autoridade do Sumo Pontífice de administrar os tesouros da Redenção, merecidamente por Nosso Senhor Jesus Cristo, e de ensinar a sua doutrina com autoridade, em memória do poder sobrenatural de unir e desligar, conferido a Pedro e aos sucessores por Jesus Cristo.
As chaves, na Heráldica Eclesiástica, apoiado no século XIII, posto em haste vestida, com os emblemas no alto, à direita e à esquerda. Do século XIV, figuram, por outro lado, sobre o escudo e no tempo imputado.
Na simbologia heráldica a primeira chave, à direita, de ouro, fazendo referencia ao poder que se estende ao reino dos céus; a segunda, à esquerda, de prata, simbolizava, por outro lado, a autoridade espiritual do papado sobre a terra. Beatiano afirma que as duas chaves, sendo uma de ouro e outra de prata com os mantos azuis, denotam a autoridade dada por Cristo a São Pedro e Seus Sucessores.
Nos emblemas, quase sempre, figuram perfurações em forma de cruz, para simbolizar que o papa detém o poder de legislar e escolher, em virtude da morte de Jesus Cristo, sendo, portanto, voltados para o céu, enquanto as impugnações em baixo, nas mãos do vigário de Jesus Cristo. O cordão com as borlas nas mãos do Vigário de Jesus Cristo que chegam à impugnação das chaves alude, por outro lado, ao elo entre os dois poderes. A cor do cordão foi geralmente representado em azul, mas durante os tempos evoluiu para as representações atuais em vermelho ou dourado.
Brasão da Santa Sé com as chaves e a tiara. Por Bruno Bernard Heim.
Acredita-se que o primeiro papa que colocou as chaves no próprio escudo gentilício tenha sido Bonifácio VIII (1294-1303). Com a morte de um Papa, sobre o caixão se punha apenas a tiara, enquanto as chaves heráldicas pontifícias, durante a sede vacante, passavam as milícias do cardeal camerlengo, que as punha sobre o escudo, juntamente com o ombrellino, em cima do brasão. De fato, exceto na eleição do novo pontífice é o cardeal camerlengo que deve administrar a Igreja.
Mas as chaves não figuram apenas no emblema dos Pontífices Máximos e dos cardeais camerlengos, durante a sede vacante, mas também, como evidenciado, juntamente com a tiara, nas milícias da Santa Sé e dos vários institutos e mistérios vaticanos, das nunciaturas e delegações apostólicas. As chaves são presentes, por outro lado, nos emblemas próprios das basílicas pontifícias, juntamente com o ombrellino, chamado comumente “basílica”.

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